A cavalo dado não se olha os dentes

A cavalo dado não se olha os dentes.

Não se pode exigir o melhor daquilo que nos chega de graça.

A castidade das viúvas é a mais difícil e meritória

A castidade das viúvas é a mais difícil e meritória.

Por já terem sido casadas e tido uma vida sexual ativa.

A casa sem mulher é corpo sem alma

A casa sem mulher é corpo sem alma.

Belo provérbio a enaltecer o belo sexo.

A casa que não tem gatos, tem muitos ratos

A casa que não tem gatos, tem muitos ratos.

Se não tiver gatos, então deve ter ratoeiras.

A cãs honradas não há portas fechadas

A cãs honradas não há portas fechadas.

Os cabelos brancos das pessoas honestas e íntegras impõem respeito.

A carro entornado, todos dão de mão

A carro entornado, todos dão de mão.

Carro aqui significa carroça. É a natural tendência do ser humano para ser generoso.   

  

A carneiro capado não apalpes o rabo

A carneiro capado não apalpes o rabo.

Este é um dos provérbios oriundos do meio rural e certamente é muito antigo.

A carne de lobo, dente de cão

A carne de lobo, dente de cão.

Quando alguma coisa é “osso duro de roer”, no sentido figurado, há que se ter “fortes mandíbulas”.

A caridade começa em casa

A caridade começa em casa.

Esta é a caridade mais difícil de ser feita.

A carga bem se leva, a sobrecarga causa a queda

A carga bem se leva, a sobrecarga causa a queda.

Todo excesso é danoso e causa desequilíbrio.

A cão mordido todos o mordem

A cão mordido todos o mordem.

Conheço este ditado como “Um cão danado, todos a ele”. Quando alguém está na pior, não falta um para piorar ainda mais. Poucos ajudam.

A cão fraco acodem as moscas

A cão fraco acodem as moscas.

Nesta vida todo animal ou ser humano que se torna fraco ou doente sofre o assédio de elementos maléficos externos. Por isso devemos ser sempre fortes, para que as “moscas” não nos perturbem.

A candeia que vae na frente é que alumeia

A candeia que vae na frente é que alumeia.

Fiz questão de transcrever este provérbio com a grafia antiga, para mostrar que uma das tendências dos ditos populares é a rima (candeia-alumeia), posto que é um ótimo recurso de memorização para quem o ouve e fala. Desta forma, muitos rifões podem ser considerados também poesia popular.

A campo fraco, lavrador forte

A campo fraco, lavrador forte.

Este ditado possui uma grande profundidade e sobre ele poder-se-ia escrever páginas e páginas. Se o terreno é árido ou inculto, mais esforço requer do lavrador para cultivá-lo. Desta forma, o mesmo se torna mais forte. O que se pode inferir que são as dificuldades da vida que nos fortalecem a alma. 

A cadeia nem por coima de figos

A cadeia nem por coima de figos.

Coima é multa ou pena leve por pequenos furtos. Assim, prisão, nem por um dia!...

A cada santo a sua lâmpada

A cada santo a sua lâmpada.

Eis um provérbio antigo e religioso. Aqui na internet tudo indica que não há em língua portuguesa nenhuma tentativa de explicação destes rifões, a não ser esta minha, mesmo sendo tão tímida e fraca. Pelo menos não achei nada mais significativo no Google.

A cada feira, vai um tolo

A cada feira, vai um tolo.

Ah! sim! sempre há um tolo onde quer que existam aglomerações humanas!...

A cada dia, sua pena e sua alegria

A cada dia, sua pena e sua alegria.

Mergulhados no mundo fenomênico, não podemos fugir da dualidade.

A cada canto, seu Espírito Santo

A cada canto, seu Espírito Santo.

A cada canto, sem Espírito Santo.

A cada boca uma sopa

A cada boca uma sopa.

Cada pessoa possui uma individualidade única.

A cabra puxa sempre para o monte

A cabra puxa sempre para o monte.

Eis um decassílabo. Um dia ainda farei poemas e/ou sonetos com provérbios metrificados e/ou rimados.

A cabra da minha vizinha, dá mais leite que a minha

A cabra da minha vizinha, dá mais leite que a minha.

Muitas vezes consideramos os bens alheios melhores que os nossos.

A cabeça com mulher endireita

A cabeça com mulher endireita.

A cabeça do homem. E mulher aqui significa casamento, ou seja estabilidade financeira. Há que se sustentar a esposa e os filhos. Isto cura todos os excessos da juventude.

A burro velho, capim novo

A burro velho, capim novo.

A gênio velho, mulher nova.

Pablo Picasso com sua namorada.

A bondade é a força do fraco

A bondade é a força do fraco.

Força espiritual, pois materialmente falando o que impera neste mundo é a opressão do mais forte, desde as grandes nações até os relacionamentos pessoais.

A bom princípio, mau fim

A bom princípio, mau fim.

Como também pode ser: a mau princípio, bom fim. Estamos todos sujeitos aos revezes da vida.

A bom entendedor, meia palavra basta

A bom entendedor, meia palavra basta.

Este provérbio é um dos mais conhecidos e referidos pelo povo. Aliás, ele é tão claro que dispensa explicação. Para os bons entendedores, é claro.

A bom amigo, com teu pão e com teu vinho

A bom amigo, com teu pão e com teu vinho.

Os bons amigos devem ser preservados com todo o carinho e todo o cuidado.

A boi velho, chocalho novo

A boi velho, chocalho novo.

A velhice requer cuidados tão especiais quanto a primeira infância.

A boca dos aduladores é um sepulcro aberto

A boca dos aduladores é um sepulcro aberto.

Como diz o evangelho, o mal não é o que entra pela boca, mas o que sai.